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Pesquisa mostra que, para muitas mulheres, a máxima "lar, doce lar" nem sempre é verdadeira. Em graus variados, a violência está presente na vida da maioria das pessoas, de todas as idades, sem distinção de raça, credo, sexo, cultura e classe social. Entre as principais vítimas, destacam-se as mulheres, para as quais a máxima "lar, doce lar" nem sempre é verdadeira: entre as mulheres que sofreram algum tipo de violência e receberam atendimento na organização não-governamental SOS Mulher, 85% foram agredidas dentro de casa e, em mais da metade dos casos, o agressor era o companheiro ou um ex-companheiro. Os dados são apresentados em um artigo recém-publicado na revista Cadernos de Saúde Pública, periódico científico da Fiocruz. Contudo, é preciso cuidado para não tirar conclusões precipitadas e julgar que a violência contra a mulher é um fenômeno que atinge apenas as classes sociais menos favorecidas. "A violência também ocorre nas classes média e alta, mas estas, por receio de escândalos, utilizam-se de serviços particulares. A violência entre as classes mais altas fica evidenciada na mídia somente em situações extremas, quando ocorrem homicídios praticados por maridos ou companheiros ", explica o artigo.O silêncio e a invisibilidade, freqüentemente, envolvem os casos de violência sexual. "Uma das causas para a baixa freqüência de denúncias é que a maioria das agressões ocorre em ambientes familiares ou são praticadas por pessoas conhecidas, com vínculo sentimental ou hierárquico entre agressores e vítimas, de modo que estas nem sempre denunciam ou procuram atendimento médico, ainda que a violência se repita por meses ou anos", destaca o artigo. "O sexo vaginal forçado no casamento poucas vezes é reconhecido como violência, parecendo enquadrar-se socialmente e sexualmente como ‘normal’ na relação"."A violência verbal é banalizada e raramente reconhecida, tornando-se, talvez, a mais invisível de todos os tipos de violência", diz o artigo.A análise dos dados do HCU e do PML mostrou que mais de 13% das mulheres vítimas de agressões precisaram ser hospitalizadas, sen
do as especialidades de odontologia buco-maxilo-facial, ortopedia e traumatologia, e clínica médica as mais solicitadas. No período de dois anos pesquisados no PML, houve 25 mortes em decorrência das violências sofridas, nas quais os agressores chegaram a utilizar armas brancas ou de fogo. Este dado revela que, em Uberlândia, no mínimo, uma mulher foi morta por mês e, mesmo nos casos que não resultaram em óbitos, nota-se a intenção de homicídio devido à gravidade das lesões."O espancamento de uma parceira íntima pode ser rotineiro, sendo raro que ocorra uma única vez. Com o tempo, a violência tende a tornar-se mais freqüente e aumentar em gravidade; as marcas visíveis da violência são tratadas nos serviços de saúde para, em seguida, as mulheres retornarem ao mesmo ciclo de espancamento e abusos que podem resultar em homicídios ou suicídios", alerta o artigo, chamando a atenção para a necessidade dos profissionais de saúde se aterem à identificação e ao acompanhamento dessas pacientes vítimas de violências.
2 comentários:
Maitê Laira : A violência a mulher é um temo que nesse trabalho que estamos fazendo foi muito pouco feito , acho que fomos as unicas a fazerem sobre esse tema que é tão importante ! , as mulheres tem medo de denuciarem seus maridos ou companheiros , por medo de futuras agressões que possam levar até a morte , porém se cada um fizer a sua parte acredito que esse número diminua muito e possamos acabar com esse crime contra as mulheres
Parabéns, trabalho perfeito, utilazação plena do espaço, textos extremamente informativos, pesquisa completa sobre o tema, com direito a links e instituições.
Uma única sugestão talvez a cor da letra poderia ser mais escura.
Gostei muito...
Sueli Miguel
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